Mais um dia comum. Uma menina vestida de azul com orelhas de coelho conversa com uma bruxa.
Uma garota com um chapéu falante sentada sob uma cerejeira, um cientista maluco conversando com um amigo.
Eu ali, no canto, não, no meio de todos eles, mas como se estivesse no canto, bem longe. Algumas palavras dirigidas a mim, sorrisos e risadas.
Por um instante vejo uma máscara roxa sorridente junto as orelhas de coelho.
A bruxa encapuzada, mais ouve do que fala. A menina sentada com as folhas rosadas me sorri, e vou até ela.
Conversamos, com ela me sinto calmo, alegre. O cientista maluco se aproxima também, conversar com ele me faz bem também.
A menina com orelhas de coelho e a bruxa chegam perto. Não sei bem o que esperar delas.
A garota com o chapéu falante me estende a mão e com ela me sinto melhor. O cientista conversa comigo e esqueço meus problemas por alguns minutos.
A bruxa e a menina das orelhas de coelho me fazem rir, mas não igual aos outros. É um riso que dura um momento, depois aquele clima estranho volta.
As mesmas músicas são a trilha sonora desses momentos, preciso ouvir algo novo.
Pego um livro na estante e por um momento fujo dali, sem dar um passo sequer. O mesmo quando ponho minhas idéias no caderno em branco.
A menina da cerejeira me mostra algo para ler, enquanto assisto alguma coisa com o cientista maluco.
Não, não é um sonho, nem um livro, nem nada disso. É apenas outra maneira de ver as coisas.
Na verdade, não é nada tão emocionante, são apenas coisas que acontecem todos os dias, mas do jeito que eu falei ficou bem mais interessante, não é?
