Corria pelas ruas, a neve já começava a cair. Carregava a sacola de compras em uma mão enquanto deixava a outra livre para caso eu escorregasse e precisasse me segurar em alguma coisa.
Não devia nevar hoje. Mas, o tempo anda maluco mesmo.
Tinha que chegar em casa logo, afinal minha mãe estava no trabalho e eu tinha que preparar o almoço para meus dois irmãos mais novos.
Escorreguei, cai de cara no chão, tudo o que estava fora da sacola se espalhou pela neve.
Começei a recolher as coisas, quando alguem apareceu a minha frente. O homem me ajudou a recolher tudo, sem dizer nem uma palavra. Mal tive tempo de olhar para o rosto dele.
Ele me estendeu a mão para me ajudar a me levantar. Toquei sua mão e senti um frio intenso emanar dela, mesmo usando uma luva.
Olhei para cima, e havia um sorriso malicioso em seu rosto. E seus olhos, eram ainda mais assustadores. Algo terrivel emanava deles. Um sede quase animal. Uma sede que, logo eu descobriria, era do sangue que corria em minhas veias.
Nem sempre boas ações vem de uma boa pessoa, ou acompanhadas de boas intenções
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