Um grupo de dez pessoas enchia a pequena sala. A única luz do aposento era garantida por dois holofotes que iluminavam aquilo que prendia a atenção de todos, e um notebook.
O único som era de dedos digitando no computador portátil. Um homem com uma barba mal feita teclava quase desesperadamente, códigos complexos apareciam no monitor.
O som parou. Um minuto de tensão se seguiu.
- Está completo – disse o homem, olhando fixamente para a tela do computador.
Ele apertou a tecla enter.
Todos prenderam a respiração. Os olhos não desgrudavam da garota de longos cabelos azuis iluminada pelos holofotes.
Fios saiam do pescoço da menina, conectados ao notebook.
Por um longo instante, nada. E então, um movimento. Um rápido movimento do dedo indicador da mão direita, mas que foi notado por todos.
E então, os olhos azuis se abriram.
Os rostos ficaram mais ansiosos. A menina deu um passo a frente e os fios se desconectaram de seu pescoço.
- Qual o seu nome? – perguntou o homem atrás do laptop.
A menina ficou calada por um instante. Pareceu processar a pergunta.
- Hatsune Miku – disse ela.
Sorrisos encheram os rostos dos ali presentes.
- Funcionou – disse o homem, acendendo um cigarro.
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